Guias

COPA DO MUNDO: Como joga a seleção do Irã (Grupo B)








O Irã é a seleção que trocou de treinador mais perto do início da Copa do Mundo de 2022. A mudança aconteceu apenas no mês de setembro, a dois meses do mundial do Catar.
Dragan Skocic classificou o país para mais uma Copa, mas o desempenho nunca foi convincente o bastante. Com a troca na presidência da Federação, era esperado que o time tivesse um novo comandante.
Apesar de tardia, a troca renova as esperanças do país, pois marca o retorno de um velho conhecido.
Carlos Queiroz fez um grande trabalho no Irã na última década. Com ele, a seleção foi uma das mais sólidas e bem treinadas da Ásia por anos. Fez, inclusive, um bom papel em 2018, quando deu azar de cair em um grupo muito complicado na Rússia.
Agora, são vários os obstáculos. A preparação não é a ideal e diversos jogadores estão aquém do melhor nível. Por outro lado, o grupo é bem mais acessível. Será que a seleção iraniana conseguirá avançar até as oitavas?
A grande marca do trabalho do treinador português é a solidez defensiva. Até por isso, não será surpresa enxergar a já tradicional linha de 6 no momento defensivo. Resta saber se nomes como Azmoun e Taremi conseguirão fazer a diferença no ataque.

(0:00) A inevitável troca de técnico
(2:00) A volta de Carlos Queiroz
(3:51) Grupo permite sonhar
(5:03) Elenco conhecido e momento duvidoso
(6:57) As possibilidades de time
(12:07) A famosa linha de 6
(16:57) O time do 1×0

Link do Vídeo






26 Comentários

  1. Depois de tanto tempo esperando a volta do Rafa, ele vem com essa pancada de conteúdo! só tenho a agradecer, nos momentos ruins da vida gosto de ouvir seus vídeos pra além de distrair, acumular conhecimento sobre nosso querido esporte! parabéns, Rafa!

  2. Rafa você acha que os protestos no Irã por conta do assassinato da Masha Amini pode mobilizar esse grupo ? Pergunto isso pq você falou dos jogadores de manifestando nas redes sociais

  3. Em relação ao Irão defender com muitos homens, é interessante que se analisar o jogo com a Espanha, vê que o Taremi é uma espécie de lateral defensivo sem bola e um extremo/avançado quando a equipa tem bola. Pode parecer demasiado defensivo. Mas não nos deixemos nos enganar sobre o poderio de ataque a transição de defesa-ataque do Irão. O Ehsan Hajsafi por exemplo (e o Moharrami) sempre vão fazer movimentos opostos ao extremo e auxiliar muito o ataque. E atenção que o Hajsafi vai com mais de 120 internacionalizações, e dá trabalha a ala esquerda como o jogo interior, forte nas bolas paradas e ainda tem facilidade em aplicar o remate sem precisar de espaço. É um dos principais jogadores dessa seleção e vai para o terceiro Mundial seguido onde jogou todos os 6 jogos dos outros dois Mundiais que teve. Acho que um polivalente como ele podia ter tido uma carreira bem mais interessante.

  4. O Irão tem um ataque fortíssimo com o Jahanbakhsh, Ansarifard, Sayyadmanesh (se não estiver lesionado), Ghoddos, Gholizadeh, Taremi e Azmoun. Vamos ver como os jogadores vão chegar à competição. Essa seleção precisaria de um Ahskan Dejagah (do tempo que jogava no Fulham) para comandar esse ataque. O Dejagah a receber a bola de costas perante o defesa era dos jogadores com melhor poder de decisão e movimentos de transição muito bons, e neste momento, o Irão não tem um jogador igual que possa dar o que o Dejagah dava a esta equipa. Alias era um homem da total confiança do Dejagah! Foi uma pena que o Dejagah perdeu o último Mundial, acredito que foi o que faltou para deixar Portugal ou Espanha de fora em 2018

  5. Rafa, torço pela classificação do Irã para as oitavas, sinto que eles beliscaram em 14 e 18, com bom trabalho do Carlos Queiróz. Acho muito positiva a volta dele, também. Ainda assim, seja Irã, EUA ou Gales, quem passar deve ser eliminado para o time do Grupo A, oportunidade que vislumbro o Senegal atingindo as quartas de final e fazendo história.

  6. E eu lá imaginaria que algum dia veria um vídeo tático sobre a seleção do Irã kkkk
    Esse conteúdo da copa tá sendo sensacional. Todos os vídeos estão bons

  7. Mais uma baita análise, realmente o Irã chega como uma incógnita. Sem a interrupção do trabalho, poderia cravar a seleção iraniana como classificada às oitavas. Mesmo assim, o "chip de memória" ainda está nesse elenco, no que diz respeito a essa "fortaleza defensiva". Agora é ver como será o comportamento na Copa.

  8. Grande conteúdo, meu velho. Parabéns. Só uma dica: quando citar os jogadores, principalmente dessas seleções menos badaladas, vc poderia dizer em qual time eles jogam. Vc comenta de alguns, mas não de todos. Abração.

  9. Procure um outro comentarista que saiba dizer como joga a seleção iraniana e falhe miseravelmente. Rafa, você é disparado o melhor comentarista esportivo do Brasil.

  10. Falando do Beiranvand, me bateu a dúvida: por que o Daniel Davari, com carreira internacional renomada, nunca recebeu chances na seleção? Mesmo quando ocorreu a troca do Haghighi pro Beiranvand.

  11. Lembro do Irã no comando do Wilmots, em 2019, foi uma desgraça: por conta disso, na primeira fase quase ficou de fora da copa devido a derrotas para o "poderoso" Bahrain e pro Iraque. Wilmots foi demitido, entrou o treinador croata no lugar, arrumou a casa, e uma Vitória por 1×0 sobre o Iraque na última rodada classificou o Irã em 1⁰ no grupo. O curioso disso tudo é que se o Irã toma o gol de empate do Iraque, teria ficado de fora da copa como um dos piores segundos colocados da primeira fase. E é interessante que na fase seguinte, que é, obviamente, mais competitiva, o Irã passeou, e venceu 8 dos 10 jogos e classificou-se pra copa com a melhor campanha da fase final da Ásia. Gosto muito dessa seleção do Irã e fico com a impressão de que esse time pode arriscar-se mais no ataque, pois tem um time muito bom, com Taremi, Jahanbaksh, Azmoun, Gholizadeh, Ansarifard, Ghodos entre outros. Meu palpite é que o Irã avança às oitavas, e é possível que surpreenda a Inglaterra na primeira rodada com o ferrolho que será montado pelo Carlos Queiroz.

Comentários estão fechados.